“Dói. Dói sim. Mas a verdade é que algumas pessoas não nasceram para ficar fisicamente juntas, embora o encontro de suas almas tenha se tornado inesquecível.”
Entre os dias 21 e 25 de abril de 2025, ocorrerá o III Congresso Nacional sobre o Mal na Literatura, evento híbrido (com atividades presenciais e virtuais) promovido pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, Gênero e Psicanálise (LIGEPSI-UFPB), que tem como objetivo promover pesquisas e discussões sobre as múltiplas representações do mal na literatura e em outras expressões artísticas, de modo a vislumbramos como tais linguagens nos auxiliam na compreensão de certos fenômenos na cultura. Evento, que é totalmente gratuito, contará com palestras, simpósios, mesas-redondas e minicursos. Os trabalhos apresentados poderão ser submetidos e publicados, posteriormente, em e-book. As inscrições para ouvintes e para apresentação de trabalhos vão até o dia 15 de abril de 2025, através da plataforma de eventos da Universidade Federal da Paraíba: https://sigeventos.ufpb.br/eventos/ Para mais informações, acessem o site oficial do evento em: https://sites.google.com/view/iiiconmal/
O princípio de realidade compõe, ao lado do princípio de prazer , o esquema que rege o funcionamento mental. O princípio de realidade atua sobre o princípio de prazer , modificando-o na medida em que representa a capacidade de adiar a gratificação imediata em prol de objetivos a longo prazo, considerando as restrições impostas pelo mundo externo, diferente do princípio de prazer , cujo objetivo é a obtenção imediata e irrestrita de satisfação. Pode ser encarado a partir de três perspectiva básicas: do ponto de vista econômico , o princípio de realidade funciona como uma espécie de conversor da energia livre (associada ao prazer imediato) em energia ligada (relacionada ao planejamento e à ação deliberada; do ponto de vista tópico , ele está diretamente interligado aos planos pré-consciente e consciente, na medida em que se conecta diretamente com o pensamento lógico e a percepção da realidade; do ponto de vista dinâmico , tende-se a acreditar que o princípio de realid...
Um dos dois princípios responsáveis pelo funcionamento do aparelho psíquico segundo Freud, o qual não foi o primeiro a postular a existência de uma tendência humana a buscar o prazer e evitar o desprazer, mas foi quem deu a essa perspectiva os contornos de uma teoria, especificamente quando estabeleceu, em sua obra Além do princípio do prazer , que tal concepção não se baseava no prazer e desprazer propriamente ditos, mas do acumulo e da dinâmica das pulsões, isto é, para Freud (1920), a psiquê humana trabalha mediante um modelo econômico das energias pulsionais, objetivando evitar o acúmulo de excitação, por meio do direcionamento das pulsões destinos possíveis, para que, com isso, os níveis de tenção possam permanecer em patamares moderados, consequentemente evitando o desprazer. Freud observa que o princípio de prazer seria o modelo que regeria a vida pulsional dos momentos iniciais da infância, em que o bebê seria orientado exclusivamente pela necessidade de buscar tudo aquil...
A elaboração , termo introduzido no léxico psicanalítico em 1967, por Jean Laplanche e Jean-Bertrand Pontalis, designa um processo fundamental e intrínseco ao tratamento analítico: o trabalho psíquico inconsciente . O termo perlaboração ( perlaboration em francês) foi desenvolvido pelos psicanalistas como uma forma de tentar traduzir a riqueza semântica do verbo alemão durcharbeiten , empregado por Sigmund Freud para descrever essa modalidade específica de atuação do inconsciente no contexto da análise. Conquanto o fundador da psicanálise não tenha formalizado durcharbeiten como um conceito estruturado em sua teoria, Laplanche e Pontalis reconheceram sua importância clínica, elevando-o a essa categoria. A perlaboração (algo como "elaboração inconsciente") emerge como o motor essencial para a integração de uma interpretação pelo analisando. Através desse trabalho contínuo e muitas vezes árduo, o sujeito é capaz de contornar e dissolver as resistências que inevitavelment...
Em psicanálise, os mecanismos de defesa são estratégias psicológicas inconscientes que o ego utiliza para se proteger da ansiedade e de sentimentos dolorosos ou inaceitáveis. Eles distorcem a realidade para minimizar o conflito entre as pulsões do id (desejos primitivos), as exigências do superego (consciência moral internalizada) e as restrições do mundo externo. Em outras palavras, quando o indivíduo se depara com pensamentos, sentimentos, impulsos ou situações que causam desconforto psíquico, os mecanismos de defesa são acionados para reduzir essa angústia e manter o equilíbrio psíquico. É importante notar que os mecanismos de defesa são considerados normais e até necessários para a saúde mental em certas situações. No entanto, o uso excessivo ou rígido de um ou mais mecanismos pode levar a padrões de comportamento disfuncionais e até mesmo a transtornos psicológicos. Alguns dos principais mecanismos de defesa descritos pela psicanálise incluem: Recalcamento (ou Repressão): Exclus...
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